terça-feira, 30 de outubro de 2007

Como se pode posicionar o nutricionista que comunica sobre ciência?

O nutricionista necessita de comunicar sobre ciência para incentivar e justificar ao seu público quais as melhores escolhas alimentares. Deste modo, o nutricionista deve transmitir conhecimentos com validade ciêntifica, devendo estar atento à veracidade e fiabilidade da informação para depois descodificá-la e simplificá-la. Esta informação deve ser clara e correcta, dirigindo-se a um público específico, de forma a facilitar a sua compreenção e para que este possa decidir autonomamente sobre as suas escolhas alimentares.
Como proficional de saúde da área de nutrição, o nutricionista tem uma grande responsabilidade, porque transmite frequentemente orientações sobre alimentação a um determinado público. Todavia, é complicado manter uma posição imparcial, porque sempre que o nutricionista promove um produto ou características benéficas deste, está a influênciar um grupo de consumidores a optarem por este produto.
Contudo, o nutricionista pode tomar uma posição sobre as características nutricionais benéficas dos alimentos para a saúde, sem promover um determinado produto pretencente a uma entidade patronal com objectivos politico-económicos.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O nosso consumo pode ser, hoje em dia, melhor analizado à luz da corrente funcionalista ou estruturalista?

A alimentação humana é moldada através da transmição de uma determinada cultura, processo de enculturação. Contudo, cada vez mais a nossa alimentação é influênciada pelos meios de comunicação social, sofrendo cada vez mais um processo de socialização.
Na publicidade alimentar podemos distinguir as correntes estruturalistas, funcionais e mistas. Quando a comunicação de hábitos alimentares escolhas alimentares são influênciadas por razões culturais e de bem estar, com o objectivo de promover um determinado produto socialmente, assim estamos perante uma corrente estruturalista.
Por outro lado, quando um produto é promovido e relacionado com efeitos nutricionais e funcionais benéficos para a saúde, vai de encontro com a corrente funcionalista.
A publicidade/marketing alimentar tira partido destas duas correntes para promover os seus produtos e por veses enconramos uma mistura destas, em que por veses uma tem mais ênfase do que a outra dependendo do grupo de pessoas a que se destina.

Corrente funcionalista:



Corrente estruturalista:


Corrente mista:

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?

A alimentação desde sempre teve um papel importante na qualidade de vida do homem. No entanto, a sua função deixou de ser meramente biológica, o que desencadeou a que é a alimentação a adaptar-se ao estilo de vida e necessidades do homem.
Perante esta adaptação, a industria agro-alimentar tem vindo a desenvolver novos produtos, de forma a ir de encontro ás necessidades e exigências do consumidor (por exemplo: refeições prontas a comer, alimentos com propriedades pré/pró-bióticas e anti-oxidantes).
Devido à diversidade de novos alimentos, a industria tende a criar estratégias de comunicação de forma a convencer o consumidor sobre as vantagens desse alimento. Assim, através do marketing/publicidade, o produto atinge uma maior eficácia, usando diversas informações sobre propriedades funcionais dos produtos.
Deste modo, a composição nutricional tenta mostrar ao consumidor a vantagem nutricional de se consumir um determinado alimento em detrimento do outro (p. ex. alimentos fortificados ou enriquecidos) e formula alegações nutricionais e de saúde para que o consumidor se convença das suas propriedades benéficas para a sua saúde